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Picolés caseiros: chef ensina como fazer estas delícias em casa sem máquina

Colaboração para o UOL, em São Paulo

30/01/2016 07h00

Picolé é sinônimo de verão. Se feito em casa, a partir de ingredientes frescos e naturais, é uma alternativa ainda mais saudável para essa guloseima clássica dos dias quentes.

A chef gelatière Marcia Garbin, da Gelato Boutique, em São Paulo, adora sorvete, tanto picolés quanto as casquinhas recheadas de misturas cremosas e geladas. Formada mestre sorveteira na Gelato University, em Bolonha, Itália, e chef confeiteira na francesa Le Cordon Bleu, em Paris, a especialista trouxe para cá sua paixão e hoje dedica-se integralmente a criar novas combinações para seus “gelatti”.

UOL Comidas e Bebidas, Marcia criou cinco receitas leves e saborosas de picolés que podem ser feitos em casa sem grandes dificuldades: batida de coco, frutas vermelhas, frutas amarelas, água de coco e gengibre.

O modo de preparo dos picolés não poderia ser mais simples: bater tudo no liquidificador e colocar nas forminhas, que são levadas ao freezer por cerca de 4 horas. “No congelador funciona também, mas não vai ficar tão firme e a conservação é menor”, lembra Marcia. “No freezer, os picolés duram três meses sem perder as características”.

Descubra abaixo alguns macetes para preparar estas delícias em casa - e se refrescar em grande estilo.

  • Leonardo Soares/UOL

    Ingredientes: poucos e bons

    Os ingredientes são poucos: frutas, açúcar e leite - este último, apenas quando necessário. "O sorvete bom, sem aditivos, é simples", lembra Marcia. A chef recomenda optar sempre por produtos da época, quando estão no auge da maturação e com preço melhor. "O importante é usar tudo fresco e da melhor qualidade possível. Se é uma boa fruta, não precisa acrescentar muita coisa para ficar bom", diz ela. Para paladares adultos, um toque alcoólico cai superbem, como a cachaça usada no picolé de batida de coco.

  • Leonardo Soares/UOL

    Açúcar

    Um item importante a ser considerado é o teor de açúcar. "Por ser um anticongelante natural, é ele que vai contribuir para que o picolé tenha uma textura mais macia e agradável", diz a chef. O sal e o álcool cumprem a mesma função. Naturalmente, o açúcar é o agente mais usado em picolés. Por isso, a mistura que será congelada deve ter um pontinho a mais desse ingrediente do que se fosse para consumo imediato. "Quando se consome um produto a temperaturas negativas, a tendência é ficar sem sabor, pois o gelado anestesia o paladar", explica Marcia. "Então, é importante que a base do picolé seja bem doce".

  • Leonardo Soares/UOL

    No palito ou no saquinho

    Na hora de montar os sorvetes, os formatos podem variar bastante. Se não encontrar a forminha clássica de picolé, dá para substituir por formas de gelo, saquinhos plásticos e descartáveis para sacolé ("gelinho", "geladinho" ou "suquinho", em algumas de suas variações regionais), copos de plástico ou de vidro. "O importante é que sejam pequenos e finos. Recipientes muito grandes e largos acabam formando um bloco de gelo difícil de morder", lembra a chef. "Copinhos de licor e de cachaça são um charme, vale usar um de cada tipo".

    Para completar, palitos de madeira dão o suporte necessário para segurar o picolé - exceto no caso do sacolé, onde a própria embalagem já funciona como apoio. Na hora de desenformar, o truque é afundar o copinho de sorvete num recipiente com água, por alguns segundos, segurando-o pelo palito. Assim, o picolé se soltará facilmente. Para uma cobertura ultrarrápida, basta mergulhar o sorvete em chocolate derretido e tirar - o frio endurecerá o chocolate na hora, e o picolé estará pronto para a degustação.