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Rum: faça a festa com drinques à base da famosa "bebida de pirata"

Do UOL, em São Paulo

28/08/2015 18h17

Em qualquer filme de pirata, o rum vai fazer parte fundamental da trama. É com ele que os lobos dos mares tomavam coragem para invadir as colônias dos inimigos na América.

Mas você não precisa ser um pirata destemido com faca nos dentes e papagaio no ombro, pulando de ilha em ilha do Caribe, para provar alguns dos melhores runs fabricados atualmente, importados de Cuba, Jamaica, Guatemala e Venezuela.

Para conhecer melhor os tipos de rum, é preciso prestar atenção ao tempo de envelhecimento de cada exemplar. Como acontece com todas as bebidas destiladas, quanto mais o rum descansa em um barril, geralmente de carvalho, mais complexas serão suas características. O que os define como rum é apenas uma norma: a destilação de subprodutos da cana de açúcar, seja o caldo ou o melaço.

Aí vai do gosto, como ensina o bartender italiano Fabio La Pietra, do SubAstor, em São Paulo. “O rum mais leve é perfeito para fazer coquetéis refrescantes, que matam a sede, como o Mojito. Runs mais envelhecidos podem ser apreciados puros, com gelo ou em drinques mais potentes, feitos para beber devagar, de gole em gole”, diz.

Fabio explica que os runs, de maneira geral, podem ser divididos em famílias de acordo com suas origens geográficas. Mas isso não quer dizer que, num mesmo local, não sejam produzidas bebidas com características bem diferentes. A maioria dos países usa o melado de cana, e não o caldo, na elaboração do rum – o que de saída garante notas mais densas de aroma e sabor. Entenda as diferenças abaixo e faça sua festa.

Estilos e histórias do rum

  • Getty Images

    Origens

    A história do rum é incerta, por não haver registros sobre os primórdios de sua criação, no início do século 17. Há quem garanta que ele nasceu em Barbados, colônia da Inglaterra. Outros historiadores sustentam que o rum é cubano, inventado na ilha então chamada Hispaniola. Há ainda a teoria de que o rum seja original do Brasil: algum navegador da época teria levado a novidade para o Caribe, onde também havia fartura de cana-de-açúcar.

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    Cachaça é rum?

    Embora a denominação de origem da cachaça seja especificada na legislação brasileira, pode-se dizer que ela é um tipo de rum, sim. Há controvérsias entre os estudiosos: alguns defendem a denominação argumentando que vários tipos de madeira são usados para envelhecer a pinga, o que a diferencia do rum. Já Messias S. Cavalcante, autor do livro "A Verdadeira História da Cachaça", defende que o nome "Brazilian rum" abriria portas no exterior.

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    Estilo inglês

    O rum das ex-colônias inglesas como Jamaica, Barbados e Santa Lúcia costuma ser mais encorpado, redondo, com notas de frutas torradas e secas, chocolate e castanha. Isso se deve ao hábito de envelhecer o rum por bastante tempo. O processo gera bebidas mais complexas.

  • Fernando Ctenas/Divulgação

    Estilo espanhol

    Os países colonizados por espanhóis -Cuba, Venezuela, Guatemala, Panamá, Nicarágua- produzem, de maneira geral, um rum menos encorpado que o do estilo inglês, mas ainda redondo e aveludado. Sobressaem notas de frutas maduras, como banana e algo de doce, caramelado.

  • Leo Feltran/Divulgação

    Estilo francês

    Também chamado de rum agrícola, o jeito francês de fazer rum em ilhas como Guadalupe e Martinica é parecido ao processo da cachaça. Usa-se o caldo da cana, e não o melaço. O rum agrícola é mais fresco, cítrico e aromático, perfeito para o preparo de drinques suaves.