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"Primo" do panetone: chef inventa receita para tentar ajudar palestinos

O novo doce será recheado com frutas cristalizadas - Getty Images
O novo doce será recheado com frutas cristalizadas Imagem: Getty Images

20/10/2014 17h30

 Cesare Lazzini lançou um projeto para criar o "pão de Belém". Lazzini, dono de uma das mais renomadas confeitarias na Toscana, produzirá o doce na primeira e única confeitaria artesanal italiana instalada no centro de Belém.

A iniciativa pretende levar a tradição dos doces italianos para a Palestina e dar oportunidade aos jovens locais de aprenderem os segredos desta especialidade. "O desejo é criar um laboratório de confeitaria artesanal que promova os produtos da Itália na Palestina e ofereça a possibilidade aos jovens palestinos de administrarem uma atividade comercial e profissional", explicou Antonio La Rocca, colaborador do Consolado Geral Italiano de Jerusalém.

Lazzini comemorou a ação, proposta pela Fundação João Paulo 2º, e não esconde sua empolgação. "Quando Vittorio Lazzoni, integrante da fundação, me propôs esta aventura, não pude dizer não. É a concretização de um sonho, profissional e espiritual", disse ele.  

O novo doce trará sabores, perfumes, especiarias palestinas, formato de cruz e será recheado com frutas cristalizadas locais. "Será parecido com o panetone e a colomba pascal, mas com formato diferente e algumas características exclusivas", explica o confeiteiro. 

Lazzini disse que ainda trabalha para chegar na receita definitiva. "Vou voltar em novembro e tentarei finalizá-la. Às vezes é uma questão de meio grama a mais ou a menos de farinha para revolucionar um doce. Mas aqui em Belém o que conta não é o ingrediente químico, mas o espiritual", afirmou.  

O local onde o pão será produzido ainda está em construção e a seleção dos futuros alunos ainda não foi realizada. A previsão é que as atividades comecem em dezembro.  

O projeto é financiado pelo ministério italiano das Relações Exteriores e integra um plano de colaboração entre cidades palestinas e italianas, com a participação da "Fundação João Paulo II".  A fundação já realizou na mesma cidade a sorveteria artesanal italiana também com o principio de ajudar os jovens palestinos.