Cervejeiros alemães reivindicam Patrimônio da Humanidade para 'lei de pureza'
Cervejeiros alemães estão lutando para que a "lei de pureza" do país, que dita as regras de como as cervejas devem ser feitas, seja reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela ONU.
Eles reivindicam à Unesco, braço das Nações Unidas para educação, ciência e cultura, que a lei Reinheitsgebot seja considerada "Patrimônio Imaterial", distinção que já foi dada à dança espanhola flamenco e ao festival Kirkpinar de luta no óleo na Turquia. A regulação determina que apenas água, malte, lúpulo e levedura sejam usados para fabricar a cerveja.
Atualmente, a Alemanha possui cerca de 1,3 mil cervejarias e 5 mil marcas de cerveja. "Se a Alemanha ainda é considerado indiscutivelmente o país com a melhor cerveja do mundo, isso é devido Reinheitsgebot", disse Hans-Georg Eils, presidente da Federação dos Cervejeiros alemães.
Também estão incluídos na Lista do Patrimônio Cultural Imaterial em Necessidade de Salvaguarda Urgente o tango argentino, a tecelagem de tapetes no sudoeste do Irã, a gastronomia francesa e a dança do povo Basoga de Uganda.
A Reinheitsgebot foi introduzida na Baviera em 1516 e adotada em todo o país em 1906. Segundo Eils, trata-se da regulação mais antiga de comida e bebida do mundo. A lei foi outorgada para proteger os bebedores de cerveja de ingredientes baratos e às vezes perigosos.
Embora a Alemanha seja a maior produtora de cerveja da Europa, o consumo de cerveja per capita no país vem caindo há anos. No entanto, os alemães ainda são responsáveis pelo maior festival de cerveja do mundo, a Oktoberfest, um evento de 16 dias realizado em Munique, que começou em 1810 e neste ano atraiu 6,4 milhões de visitantes, de acordo com dados oficiais.
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