Topo

Chef famoso em NY é acusado de dar carne de má qualidade por racismo

Cozinha do Chef"s Table at Brooklyn Fare, restaurante de NY reconhecido com três estrelas no Guia Michelin - Reprodução/Douglas Kim/Facebook/Brooklyn-Fare-Kitchen-Market
Cozinha do Chef's Table at Brooklyn Fare, restaurante de NY reconhecido com três estrelas no Guia Michelin Imagem: Reprodução/Douglas Kim/Facebook/Brooklyn-Fare-Kitchen-Market

02/12/2014 16h55

O chef americano César Ramírez, responsável pelo restaurante Chef's Table at Brooklyn Fare, reconhecido com três estrelas no Guia Michelin, foi processado por seus ex-funcionários por dar carne de pior qualidade à clientela asiática, à qual supostamente chamava de "gente de merda", e por ficar com as gorjetas do serviço.

Reconhecido como um dos melhores restaurantes de Nova York e com uma culinária de grande influência asiática, o Chef's Table de César Ramírez foi denunciado por vários antigos empregados por seu tratamento racista à clientela, informou nesta terça-feira o jornal "New York Post".

Com um menu fechado de 15 pratos por US$ 255, ao que é preciso somar US$ 50 em gorjeta, o Chef's Table at Broolyn Fare é o único restaurante de Brooklyn que tem três estrelas no Guia Michelin.

No entanto, segundo assegura em uma denúncia um antigo garçom, Emi Howard, Ramírez proibia expressamente sua equipe de deixar os clientes asiáticos sentarem perto de sua cozinha (que se encontra rodeada por cadeiras para tornar a experiência mais íntima com o cliente) e reservava para eles os cortes de menos qualidade de carne.

Segundo Howard, que fez a denúncia junto com outros quatro ex-funcionários, os clientes provenientes do bairro Upper West Side de Manhattan (considerado o dos novos ricos da cidade) recebiam um tratamento similar.

Além disso, estes antigos membros da equipe do restaurante acusam o chef de não pagar as horas extras realizadas (que estendiam a jornada de trabalho para até 70 horas semanais) e de cobrar automaticamente 20% dos clientes sem que esse dinheiro chegasse aos garçons.

O dono do restaurante, Moe Issa, emitiu hoje um comunicado no qual assegurou que o restaurante "está muito orgulhoso da diversidade de sua equipe" e disse que "qualquer um que atravesse a porta é bem-vindo".