PF: Confira a história e receitas do nosso prato feito de cada dia

Larissa Januário

Do UOL, em São Paulo

Quem nunca comeu um PF que atire o primeiro bife. O prato feito está entre as tradições mais populares do Brasil. Uma ideia que surgiu lá traz, no século XIX, junto com a industrialização do país.

"Tínhamos os primeiros restaurantes e hotéis que serviam pratos à francesa para os ricos e, por outro lado, casas mais simples, botecos e botequins, que serviam aos operários uma comida caseira, feita geralmente pela cozinheira e esposa do dono", conta Sandro Dias, professor de história da gastronomia do Senac Águas de São Pedro.

O objetivo era ter uma comida rápida, mas substanciosa e nutritiva, capaz de alimentar a massa trabalhadora crescente, justifica Dias. Um fenômeno genuinamente brasileiro, mas que teve influência dos imigrantes. "Temos traços no cardápio herdados dos europeus, desde os portugueses e espanhóis a franceses e alemães, e mais tarde, de japoneses e povos que pra cá vieram".

Com o tempo, a cozinha brasileira evoluiu e se regionalizou, mas a necessidade de ter a mão uma refeição completa e rápida não desapareceu. Ao contrário, resistiu ao surgimento das modernas redes de fast-food e dos bufês por quilo.

E hoje, de tão presente no dia-a-dia do brasileiro, ganhou até um concurso que elegeu os melhores PFs do país, como a Galinhada Santa Ana, do Santa Ana Bistro, em São Paulo (SP); o PF Peixe Crocante, do Restaurante Ponto X, de Pedreiras, no Maranhão e o Nhoque de Quiabo com Confit de Frango, do Restaurante Santa Receita, também de São Paulo.

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