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Dia do saquê: saiba como escolher e degustar e confira as receitas que levam a bebida japonesa

Da redação

do UOL, em São Paulo

01/10/2012 17h26

Nessa segunda (1) comemora-se o dia do saquê. A mais japonesa de todas as bebidas é feita a partir do arroz, alimento sagrado para os orientais, e por isso, é chamada de “a bebida dos deuses”.  Reza a lenda que foi descoberta por acaso: “Alguém deixou o arroz mofando, que acabou fermentando. Quando foram experimentar, tinha se transformado em um tipo de mingau que causava uma sensação de euforia. Claro, tinha se transformado em álcool”, conta Celso Norio Ishiy, Sommelier especialista  em saquê da Importadora Tradbras, que traz marcas premium de saquê ao Brasil.

Na época, meados do século V a.C (no período Nara), os produtores não conheciam as técnicas de fermentação. O saquê parecia um mingau e por isso, já foi considerado alimento. Muitos séculos se passaram até que fosse transformado no líquido que conhecemos hoje. “No Japão antigo, saquê era sinônimo de qualquer bebida alcoólica. Entretanto, acabou virando nome específico do fermentada de arroz, que originalmente se chamava Nihonshu (Nihon = Japão / Shu = saquê). Pela falta de comunicação, os estrangeiros viam os japoneses falando saquê e normalmente tomando o "Nihonshu" e assim associaram a palavra à bebida”.

O "Yamadanishiki" é considerado o melhor tipo de arroz para a produção de saquê e utilizado por muitos fabricantes na receita dos produtos de alta qualidade. Além do arroz e da água, também utiliza-se o "koji-kin", responsável pela transformação do amido em glicose (açúcar) e as leveduras, que transformam o açúcar em álcool.

Como escolher e harmonizar

Assim como um vinho, a escolha do saquê depende do gosto do cliente. “No Brasil, as pessoas ainda estão na fase de conhecer os saquês e por isso, devem considerar na hora da compra qual o objetivo. Quer apenas degustar? Ou vai harmonizar com um prato específico? Prefere mais frutado? Mais seco? A partir dessas perguntas se chega no tipo de produto a ser comprado”.

À mesa vão bem tanto com pratos japoneses, como com outros tipos de cozinhas. “A harmonização clássica orienta que os saquês leves (e secos) combinam com comidas leves, como saladas, carne branca, sushis e sashimis. Já os encorpados (e secos) são ideais para os pratos mais temperados a base de carnes, frituras e massas. Os frutados (e densos) costumam ser apreciados puros. Mas se for harmonizar, dê preferência para pratos mais leves ou para finalizar uma refeição”, aconselha o Sommelier.

Na hora de armazenar o ideal é coloca-lo em lugar seco e sem incidência direta de sol. Ishiy orienta ainda que os saquês premium devem ser degustados puros e gelados e, como um vinho, servidos em taças.