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Mineiro embarca para a Coreia na próxima semana para ser chef do rapper Psy

Pão de queijo está entre as receitas que o chef quer  mostrar ao rapper coreano - Divulgação
Pão de queijo está entre as receitas que o chef quer mostrar ao rapper coreano Imagem: Divulgação

Larissa Januário

Do UOL, em São Paulo

24/06/2013 18h22

O mineiro, Ricardo Caput, de 30 anos, vencedor do concurso Psy Go Bibigo - Psy Needs a Chef (Psy precisa de um chef) espera embarcar no início da semana que vem para a Coreia, onde vai trabalhar como chef pessoal do rapper Psy. Durante 30 dias, ele vai acompanhar o cantor coreano em sua turnê pelos EUA cozinhando para ele e sua equipe.

O concurso é parte de uma ação de marketing do rapper para a rede de comida coreana Bibigo, presente nos EUA, na Europa e na Ásia. Depois de passar pela primeira etapa com centenas de chefs, Ricardo venceu 180 semifinalistas na segunda fase até chegar à final com mais dois concorrentes. “Além de mandar vídeos, fiz entrevista remota via internet e fui avaliado no restaurante por um representante coreano do rapper”, conta.  

Caput, que ainda não teve a oportunidade de conhecer Psy pessoalmente, conta que vai receber um treinamento de 15 dias na Coreia antes de colocar o pé na estrada com o músico. “Ainda não preparei nada, quero primeiro conhecê-lo, saber de que ele gosta e o que espera da minha comida e aí sim pensar em algo”, conta.

O cozinheiro pretende mostrar exemplos da sua experiência profissional, que tem base na sua origem mineira e no período que passou cozinhando em navios italianos e restaurantes da Nova Zelândia. “Minha comida é inspirada em cozinhas do mundo todo. No restaurante que chefio, Obardô, tenho pratos italianos, mexicanos, orientais e, claro, de Minas Gerais, que é a minha base”, diz.

Quando questionado se serviria algo desse tipo ao rapper, Caput respondeu que aposta em receitas mais leves, como o pão de queijo, ou mesmo na simplicidade do arroz. “Acho difícil apresentar pratos muito típicos e pesados. Para isso é preciso que a pessoa esteja disposta a vivenciar uma nova experiência, não sei se este é o caso. Mas posso, por exemplo, mostrar o nosso estilo de cozinhar. Como o arroz, que nós fazemos a partir de um refogado de cebola e alho e os orientais cozinham em água e escorrem. Isso é bem diferente daquilo a que eles estão acostumados”, comenta.    

De Caputira para o showbiz

Por hora, o chef está comemorando o prêmio e controlando a ansiedade enquanto aguarda a confirmação da viagem, prevista para o início da próxima semana. "Participar de uma turnê na estrada com uma estrela pop é surreal. Além da experiência profissional de conhecer e aprender sobre outro tipo de comida, cultura e um país novo pra mim, terei contato com outros profissionais. Vou rodar os EUA, que não conheço, ver as cozinhas dos hotéis e trocar experiência com outros chefs. Isso tudo já é um prêmio", enumera.

Caput ainda não tem planos definidos para depois que tudo isso acabar.. “Estou feliz e surpreso com o resultado. É claro que entrei no concurso com esperança de ganhar, mas vencer centenas de chefs de diferente lugares do mundo é surpreendente”, conta Ricardo, que nasceu em Caputira, pequena cidade da zona da mata mineira com cerca de 9.000 habitantes.

Ele, que tem chamado a atenção da mídia pelo feito, também não imaginava tamanha repercussão. "O prêmio é mais do que eu ganho em dois anos de trabalho. Ainda estou digerindo tudo isso. Por enquanto, não tenho nada planejado, mas, como o trabalho vai durar 45 dias a ideia é retomar a minha função no Obardô quando voltar ao Brasil”, antecipa.