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Chefs revelam preferências culinárias de presidentes e da realeza

A rainha da Inglaterra, Elizabeth 2ª: fã de peixe grelhado e de gim depois do jantar - Sang Tan/AP
A rainha da Inglaterra, Elizabeth 2ª: fã de peixe grelhado e de gim depois do jantar Imagem: Sang Tan/AP

Do UOL, em São Paulo

21/10/2013 17h52

Entre as muitas obrigações dos chefes de Estado estão os jantares cerimoniais, especialmente quando há convidados de outros países. Mas o que os presidentes, primeiros-ministros e membros da realeza gostam de jantar quando estão sozinhos?

A presidente Dilma Roussef disse em 2010 que gosta de bife a cavalo com fritas, e chegou a preparar ovos mexidos em um programa de televisão. O ex-presidente Juscelino Kubitschek, por sua vez, era fã de picadinho –tanto que uma receita do prato leva seu nome como homenagem.

Na França, terra da gastronomia, os presidentes se envolvem diretamente com o cardápio servido no dia-a-dia. É o que conta Bernard Vaussion, que trabalha desde 1975 como chef da cozinha do Palácio do Eliseu, sede do governo francês, e que irá se aposentar no final deste ano. Em reportagem do jornal inglês “The Telegraph”, ele conta por exemplo que François Miterrand (que governou a França de 1981 a 1995) era fã de frutos do mar e ia pessoalmente à cozinha inspecionar os menus.

Já o ex-presidente Nicolas Sarkozy, para contornar a crise econômica, mandou sumir com os queijos e o caviar do menu oficial. O atual presidente, François Hollande, é uma formiga: adora doces, especialmente chocolates, devidamente acompanhados de café. De acordo com Vaussion, Hollande pediu apenas uma pequena alteração na cozinha –nada de pratos com alcachofras, ingrediente que ele detesta.

Beterrabas, não
Hollande não é o único chefe de Estado que deixa claro o que não quer comer. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por exemplo, já declarou que não é fã de beterrabas. “Eu evito comê-las sempre que possível”, explicou em entrevista recente à agência Associated Press. Em compensação, o presidente gosta de comida mexicana, macarrão e, dizem, tem tendência a colocar molho apimentado em tudo o que vê.

Por sua vez, a rainha da Inglaterra, Elizabeth 2ª, é fã de chá Darjeeling e cereal de flocos de milho com leite e passas, de acordo com o ex-chef do Palácio de Buckingham, Darren McGrady. Em entrevista ao jornal inglês “Daily Mail”, o chef –que trabalhou 15 anos no palácio real— conta que a rainha prefere pratos simples, como peixe grelhado com espinafre cozido, com uma maçã ou pera de sobremesa. A fraqueza da monarca, de acordo com o chef, são os chocolates e seu drinque preferido, gim com Dubonnet (aperitivo à base de vinho), que ela toma todos os dias após o jantar.

Comida pode ser um ponto de polêmica para alguns dignitários. O presidente da Bolívia, Evo Morales, causou controvérsia em 2010 ao culpar os hormônios dos frangos de granja pela homossexualidade masculina e pela calvíce nos países europeus.

Já o falecido ditador Kin Jong-Il tinha uma equipe de 200 pessoas em uma universidade na Coreia do Norte dedicada a estudar a melhor dieta possível para ele –o que não o impedia de consumir conhaques e vinhos franceses, de acordo com uma biografia escrita por Kenji Fujimoto, chef japonês que trabalhou para o governo norte-coreano.