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Chef Bel Coelho prepara série sobre comida brasileira para público europeu

Anna Fagundes

Do UOL, em São Paulo

06/11/2013 13h06

A chef Bel Coelho está percorrendo o Brasil para mostrar os sabores e ingredientes nacionais para o público internacional. Em parceria com o canal de televisão franco-alemão ARTE e a rede Discovery, a chef apresentará o programa “Assiette Brésilienne” ("Prato Brasileiro", em francês) na Europa em junho de 2014. No Brasil, a atração irá ao ar em 2015, pelo canal a cabo TLC.

O programa, ainda sem título em português, conta com 20 episódios e será mostrado em horário nobre na França e na Alemanha.  “A ideia é exibir o programa antes da Copa, para apresentar um pouco mais do país. Acho que é uma chance de desmistificar o que sabem sobre gastronomia brasileira e sair do óbvio carnaval-feijoada-caipirinha”, explica a chef. “Para o público do Brasil, é uma possibilidade de se redescobrir, conhecer regiões menos conhecidas”, completa.

 

O programa, que ainda está sendo filmado, aborda vários aspectos da gastronomia brasileira, da influência da imigração japonesa (com direito a cenas em um treinamento de sumô) até visitas a aldeias em Roraima, fazendas no Pantanal mato-grossense e cozinhas no Cerrado, entre outros locais.

Turu e búfalo
Quem acompanha o Instagram da chef já viu várias cenas de bastidores da produção da série, inclusive com a chef montada em um búfalo ou ainda visitando feiras e festas país afora. Para ela, essa foi a parte mais divertida do trabalho.  

“As gravações in loco foram muito surpreendentes, como na aldeia dos Yanomamis e na Ilha de Marajó”, diz .“E especialmente comer o que eles comem, coisas como macaco, arara, turu (tipo de molusco)....Coisas que não teria oportunidade normalmente”, revela.

Além do “Assiette Bresilienne”, a chef está envolvida com a abertura do novo restaurante Clandestino, na Vila Madalena, que “vai funcionar mensalmente, provavelmente a partir de fevereiro do ano que vem” e com um projeto de uma cozinha itinerante, baseada nos  “food trucks” norte-americanos.  “A ideia persiste, mas ainda sem previsão”, explica. “O objetivo não é ser algo fixo mas sim para ações pontuais mais democráticas”.