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Príncipe Harry conhece trabalho de ONG gastronômica em São Paulo

Príncipe Harry cumprimenta membros da ONG Gastromotiva em encontro em Cubatão (SP) - Divulgação
Príncipe Harry cumprimenta membros da ONG Gastromotiva em encontro em Cubatão (SP) Imagem: Divulgação

Anna Fagundes

Do UOL, em São Paulo

25/06/2014 17h01

Até os membros das famílias reais gostam de uma boa caponata. Que o diga o príncipe Harry, que provou caponata de banana verde em uma visita ao Cota 200, em Cubatão (SP). A área faz parte do programa Serra do Mar, iniciativa socioambiental de recuperação da Mata Atlântica promovido pelo governo estadual paulista.

A caponata, uma receita original da chef Claudia Mattos, é um dos pratos criados pela cooperativa do Cota 200 com ingredientes locais. Atualmente, as 15 mulheres  do grupo vendem cocadas na estrada, mas o doce não garante ainda o sustento das famílias.

"Elas viram que seria interessante trabalhar com banana, que é uma fruta marcante da região", explica o chef David Hertz, fundador da ONG Gastromotiva, que organizou um workshop para ensinar novas receitas para a cooperativa com a ajuda de David Silva, um de seus primeiros aprendizes.

"Já fiz alguns trabalhos com o Consulado Britânico e eles nos ajudam sempre que podem", diz Hertz. "Quando estavam programando a visita do príncipe, eles comentaram que iriam visitar o Cota 200 e nos convidaram para repetir uma das aulas do workshop para ele". 

Adeus às convenções
Embora o protocolo real não permita que se ofereça comida aos membros da família real, o príncipe fez questão de comer os pratos preparados pela cooperativa durante o evento. E David Hertz garante que a caponata fez sucesso. "Ele fez várias perguntas, quis saber como o projeto funciona", explica o chef. "Ele mesmo se serviu e ainda repetiu! Ele nunca tinha comido banana verde antes". 

Harry, quarto na linha de sucessão da coroa britânica, utiliza suas viagens oficiais como maneira de conhecer e promover projetos sociais, como o Serra do Mar. "Ele ficou encantado com a junção de produtos locais utilizados para o sustento da própria comunidade", diz Hertz. "E quis saber o que seria necessário para que o projeto fosse ainda mais sustentável". 

Entre outros projetos, a Gastromotiva promove um curso de formação de auxiliares de cozinha para pessoas de 18 a 35 anos, com renda de até três salários mínimos. Com unidades em São Paulo (nas comunidades de Paraisópolis e Heliópolis) e no Rio de Janeiro (no Complexo do Alemão e na Rocinha), a ONG já formou mais de 700 pessoas desde sua fundação, em 2006. "A ideia é ser uma casa para que os chefs que desejam se engajar socialmente possam encontrar projetos para participar", diz Hertz.

Quem quiser saber mais sobre o trabalho da ONG pode obter mais informações através do site da Gastromotiva.