Chefs brasileiros são destaque em simpósio internacional de gastronomia

O que servir de almoço em um evento que reúne os melhores chefs do mundo e vários estudiosos da Gastronomia? No caso do MAD, em Copenhagem (Dinamarca), o menu foi bem reforçado e bem brasileiro, com direito a baião de dois, tacacá, farofa e moqueca.

O cardápio foi autoria dos chefs Thiago Castanho (do Remanso do Bosque, em Belém), David Hertz (da ONG Gastromotiva) e Rodrigo Oliveira (do Mocotó, em São Paulo), responsáveis pelas panelas durante a quarta edição do simpósio, que este ano teve a co-curadoria de Alex Atala (do D.O.M. e Dalva e Dito).

O tema desta edição do MAD era "What's Cooking?", expressão em inglês que quer dizer tanto "o que está cozinhando?" quanto "o que está acontecendo?" A discussão principal era a fama repentina que a gastronomia tem ganhado no cenário mundial. 

Durante os dois dias de evento, sediados em uma tenda de circo nos arredores de Copenhagen, as palestras não envolveram apenas chefs de cozinha, mas filósofos, professores e até mesmo pessoas que, à primeira vista, não tem nada a ver com a Gastronomia - caso, por exemplo, do juiz Jayme Garcia dos Santos, que promove um projeto de inclusão social em uma penitenciária feminina em São Paulo por meio da culinária junto com a ONG Gastromotiva.

Além da invasão brasileira no almoço, também houveram palestrantes do país no evento, como a chef Kátia Barbosa (do bar Aconchego Carioca) e Renato Meirelles, do instituto Data Popular, que analisa dados das classes C, D e E. A dupla conversou sobre como a relação com a comida é vista pelos moradores de favelas no Rio.