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Chefs criam molhos especiais em parceria com marca de pimentas

Molhos da marca De Cabrón, que faz parcerias com chefs em edições especiais - Divulgação
Molhos da marca De Cabrón, que faz parcerias com chefs em edições especiais Imagem: Divulgação

Anna Fagundes

Do UOL, em São Paulo

10/09/2014 16h20

Uma receita aprendida na Itália e que fez sucesso em Nova York virou a nova atração da De Cabrón, marca de molhos de pimenta. Trata-se de um molho à base de uísque e Coca-cola, criado em parceria com o chef Carlos Bertolazzi, do restaurante Zena Caffè

O molho, baseado em um drinque que leva os dois ingredientes principais, foi o acompanhamento das coxinhas com carne de pato que o chef paulistano vendeu na feira gastronômica de Williamsburg, em Nova York, no começo do ano. "A ideia veio de um pernil que ele viu na Itália, que também levava uísque e Coca-cola", explica Leo Spigariol, um dos sócios da De Cabrón. "Ficamos animados com o produto e decidimos investir".

A marca é conhecida por suas parcerias diferentes, como o molho à base de maracujá e pimenta criado com o chef Henrique Fogaça (do Sal Gastronomia e do programa "Masterchef", exibido pela Band), uma edição limitada criada em conjunto com o roqueiro Marky Ramone e um molho especial vendido apenas no Mercado, evento gastronômico em São Paulo.

"Temos sempre uma história por trás de cada produto, uma referência para o trabalho", explica Leo. "No caso dos chefs, precisa ter algo a ver com as ideias deles, com o que eles preparam. No caso do Fogaça, por exemplo, foi um pedido dele: ele queria uma fruta cítrica na pimenta para combinar com as receitas de porco que ele faz no restaurante".

Há mais edições especiais programadas - Spigariol tem projetos com o chef Paulo Yoller, do Meats, e com uma chef que, por enquanto, pede que seu nome fique em sigilo.

No Velho Oeste
O bom humor é a outra força da marca - conhecida como a dona dos "melhores chilis do Velho Oeste". No caso, do oeste de São Paulo, mais precisamente de Santa Cruz do Rio Pardo, a 374 quilômetros da capital.

"Pegamos as características que a maioria dos empresários gostariam de esconder", conta Leo, que trabalha diretamente com produtores locais para criar os molhos da De Cabrón.  "Trabalhamos com cooperativas, temos o compromisso de comprar todo o material plantado independente da nossa demanda", explica. 

Entre outras orientações da marca, a picância dos molhos é classificada em uma escala que vai de "mirim" até "insana". O mestre pimenteiro, por sua vez, se esconde atrás de uma máscara de "luchador" (participante de luta-livre mexicano). 

"A gente entende que a pimenta também tem uma coisa lúdica, de você ser capaz ou não de comer, de brincar com um amigo dizendo que o molho é fraco quando na verdade é forte", diz Leo. "Faltava um produto que conversasse de forma bem-humorada com o público nesse sentido. Isso abre as possibilidades do molho, trazendo novos adeptos para o consumo".

A próxima aposta da marca? Investir mais nos produtos nacionais. "Em termos de pimenta, dá para explorar muito além do chipotle. Nosso próximo passo é trabalhar com mais pimentas brasileiras", conta Leo.