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Empresa investe em embalagens de luxo para vender insetos comestíveis

Embalagem de besouros temperados, vendidos pela empresa SexyFood - Divulgação/sexyfood.fr
Embalagem de besouros temperados, vendidos pela empresa SexyFood Imagem: Divulgação/sexyfood.fr

Do UOL, em São Paulo

11/11/2014 14h42

Já diz o ditado: propaganda é a alma do negócio. E uma empresa de origem belga aposta justamente no poder da publicidade e das embalagens sedutoras para vender um produto que pouca gente se arrisca a encarar: insetos comestíveis em versão aperitivo.

O menu da SexyFood inclui escorpiões, besouros, larvas de bicho-de-farinha (um tipo de besouro), formigas e grilos, todos desidratados e prontos para o consumo. As embalagens lembram latinhas de caviar e contam com slogans chamativos. Escorpiões amarelos, por exemplo, são "famosos por serem afrodisíacos", de acordo com o site da empresa, que mira o consumidor do mercado de luxo. 

Grilos vem em sabores como queijo e bacon ou só com sal, enquanto larvas são vendidas com cobertura de chocolate meio amargo ou branco. As latas individuais custam entre sete e 12 euros (entre R$ 22 a R$ 30), enquanto um pacote especial com três latas de insetos "afrodisíacos" sai por cerca de 19 euros (R$ 60).

Comendo um conceito
A empresa garante que seus produtos "são aquele toque a mais que muda tudo" em uma festa.  "Basta apenas colocar uma lata de insetos comestíveis ao lado de uma tigela de batatas fritas para animar uma noite e causar uma cascata de emoções", apregoa o site oficial.

"Em nossa cultura, comer insetos não é algo comum, então apresenta-los como se fosse comida normal seria um tanto óbvio demais", explicou Steven van Boxtel, responsável pela criação das embalagens. "A nossa ideia foi evitar a sensação de nojo e apresentar o produto como uma experiência, no sentido de 'eu quero experimentar algo novo, algo original'", disse o designer para a revista "Fast Company". 

A estratégia inclui, por exemplo, não colocar fotos dos insetos nos rótulos das latas pretas e douradas. Assim, as pessoas podem ser convencidas de que estão "comendo um conceito ao invés de comer insetos", explica Steven.