"Guia Michelin" lança edição avaliando restaurantes de SP e RJ
O "Guia Michelin" é a publicação mais tradicional – e provavelmente a mais famosa e respeitada– a selecionar restaurantes e hotéis mundo afora. A primeira edição saiu na França em 1900 e agora, em 2015, a América do Sul é contemplada pela primeira vez com uma edição brasileira que avaliou as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.
A apresentação oficial do “petit livre rouge” (ou pequeno livro vermelho, como ele é conhecido em francês) aconteceu nesta quarta-feira (8) em São Paulo.
Na ocasião, foram expostos os cinco critérios de avaliação universais do guia: a qualidade dos produtos utilizados, as técnicas de cocção, a regularidade da cozinha, a personalidade do chef e a relação preço-qualidade.
Michael Ellis, diretor internacional dos guias, disse em bom português que por aqui utilizou-se exatamente o mesmo regulamento nas mais de 500 visitas que chegaram aos 145 estabelecimentos registrados no "Michelin Rio de Janeiro & São Paulo".
Contudo, ele disse não poder especificar o número de inspetores que realizaram as avaliações, mas garantiu que não havia brasileiros entre eles: “Havia francês, espanhol, inspetores que conhecem profundamente o Guia, mas não brasileiros. Seria bom, sim, e futuramente deveremos ter”, explicou.
Quanto a um dos pilares da avaliação, a regularidade, Ellis foi novamente vago: “Os restaurantes com uma e duas estrelas foram visitados uma ou duas vezes pelos inspetores e os bibs (restaurantes de boa relação preço-qualidade) pelo menos uma por dois inspetores, que provam vários pratos”.
Os estrelados
Vale dizer que o guia não deu a nenhum restaurante brasileiro sua melhor cotação – a de três estrelas. Ainda assim, o chef Alex Atala, acabou, na somatória de D.O.M e Dalva e Dito, com tal número –o D.O.M. foi o único restaurante do Brasil a obter 2 estrelas, que nas palavras do diretor internacional implica uma “cozinha excelente”.
“Estamos muito felizes com as nossas três estrelas e trabalhando para conquistar a quarta. A chegada do Guia ao Brasil já é um reconhecimento muito importante. Só espero que nesse momento o Brasil comece a apoiar sua nova geração de chefs. O "Guia Michelin" chega ao Brasil não porque temos um bom chef, mas porque temos muitos bons chefs”, comentou Alex Atala.
Outras 15 casas entraram para a constelação dos restaurantes premiados, como o Maní, Fasano e Kinoshita, em São Paulo, e Lasai, Roberta Sudbrack e Olympe, no Rio.
Já a categoria Bib Gourmand, que identifica “cozinha de boa qualidade e a preços moderados”, selecionou 25 restaurantes, mas não contemplou nenhuma cantina, pizzaria ou boteco –locais que, para os brasileiros, seriam bons exemplos de bom e barato, como são os bistrôs na França.
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