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Quer ser chef? Estrelas da cozinha internacional dão dicas para iniciantes

Chef Joan Roca: "procure sua felicidade no ato de cozinhar, não no sucesso" - Adriano Bellagente/Divulgação
Chef Joan Roca: "procure sua felicidade no ato de cozinhar, não no sucesso" Imagem: Adriano Bellagente/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

21/05/2015 14h57

O que é preciso para se tornar um bom chef? Cozinheiros estrelados se reuniram para oferecer algumas dicas para os iniciantes, durante uma competição internacional que procura jovem talentos da cozinha.

Nomes como Joan Roca (do espanhol El Celler de Can Roca) e Gastón Acurio (chef peruano responsável, entre outras coisas, pela feira Mistura) são jurados do Young Chef, concurso que procura o melhor cozinheiro de até 30 anos em todo o mundo. O vencedor ou vencedora será anunciado na próxima terça-feira (26) em Milão.

Para Joan Roca, o melhor conselho sobre sua profissão foi dado por sua mãe: "Seja generoso, tudo neste negócio é sobre hospitalidade e fazer as pessoas felizes". E achar que sabe de tudo é um grande erro, na opinião do chef espanhol –considerado um dos cinco melhores do planeta pela respeitada lista "50 Best". 

"A pessoa deve procurar sua felicidade no ato de cozinhar e não no sucesso. Não é uma só questão filosófica: eles vão passar muito tempo em uma cozinha e vão precisar ter esta habilidade", disse o espanhol em entrevista para o site da competição.

"Não somos estrelas"
Gastón Acurio é ainda mais direto ao sublinhar que "chefs não são estrelas". Segundo ele, o maior erro que um iniciante pode cometer "é acreditar que sua comida é perfeita. Não é. Podemos sempre fazer melhor". 

O chef peruano Gastón Acurio: "Podemos sempre fazer melhor" - Cassiano Elek Machado/Folhapress  - Cassiano Elek Machado/Folhapress
O chef peruano Gastón Acurio: "Podemos sempre fazer melhor"
Imagem: Cassiano Elek Machado/Folhapress

Perguntado sobre erros que cometeu quando jovem, Acurio lembrou-se de quando abriu seu primeiro restaurante ao lado da esposa, Astrid. "Eu tinha 25 anos, Astrid tinha 21. No segundo dia de trabalho, o serviço desmoronou. A cozinha estava um pesadelo: as pessoas pediam um ceviche e a gente mandava um suflê de maracujá", conta.

"No fim da noite, achávamos que era o fim. No dia seguinte, os clientes vieram e demos conta da situação. Aprendemos com nossos erros, mas a lição mais importante é que devemos sempre seguir em frente, aprendendo e ouvindo, com paciência, perseverança e gratidão", conclui o peruano.