Grupo pede boicote à lista dos 50 melhores restaurantes do mundo
A lista dos 50 melhores restaurantes do mundo, promovida anualmente pela revista "Restaurant" é considerada um dos rankings mais importantes do mundo gastronômico. Mas há quem acredite que o prêmio, que terá nova edição divulgada na próxima segunda-feira (1/6), precise de acertos –e um grupo está propondo justamente um boicote à votação.
Encabeçado pela blogueira de gastronomia Marie Eatsider, a documentarista Hind Meddeb e Zoé Reyners, de uma agência de relações públicas, o movimento "Occupy 50 Best" pede que os patrocinadores e apoiadores do evento "parem de financiar e apoiar este ranking opaco, sexista e complacente que coloca o nacionalismo culinário à frente da qualidade".
O grupo queixa, entre outras coisas, de que a lista é desigual em relação às chefs femininas (apenas uma figurava entre os 50 premiados ano passado). As mulheres tem uma premiação à parte da lista principal, vencida este ano pela chef francesa Hélène Darroze.
Além disso, o manifesto acusa o sistema de eleição do "50 Best" de ser facilmente fraudado. "Os membros do júri podem votar anonimamente, sem precisar jamais justificar sua escolha de restaurante nem precisar provar que eles estiveram alguma vez que fosse no local", diz o texto do abaixo-assinado proposto no site do grupo.
Como é feita a lista
O ranking do "50 Best" é formado a partir de votos de mais de 800 jurados ligados à gastronomia em vários cantos do mundo, entre jornalistas, escritores, nomes da indústria e especialistas culinários. Cada membro pode votar em até sete restaurantes em que esteve nos últimos 18 meses, sendo que três deles precisam ser necessariamente da mesma região de origem do eleitor.
O prêmio também conta com versões regionais, visando restaurantes do continente asiático e, desde 2013, da América Latina. Na lista geral, os brasileiros mais bem cotados são os restaurantes D.O.M. (em sétimo lugar) e Maní (em 36º lugar). O chef Alex Atala, dono do D.O.M., não irá participar da cerimônia de premiação em Londres na próxima segunda, como fez em 2014.
A organização do evento respondeu de maneira indireta às críticas: este ano, foi contratada uma empresa de auditoria para garantir a integridade da votação.
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