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Bebendo como Frank Sinatra: conheça receitas de bar que celebra o ícone

Sergio Crusco

Do UOL, em São Paulo

31/07/2015 07h00

Cem anos após seu nascimento, Frank Sinatra (1915-1998) continua acendendo paixões e reunindo admiradores que peregrinam pelos lugares onde esteve, querem provar seus pratos prediletos e beber como ele bebia. Não basta ouvir sua voz em "I’ve Got You Under My Skin" e "My Way" ou revê-lo em filmes clássicos como "Marujos do Amor" (1945), "A um Passo da Eternidade" (1953) ou "Alta Sociedade" (1956).

Para um fã de verdade, estar num lugar por onde Sinatra passou ou alisar a madeira de um bar em que ele apoiou os cotovelos causa um frisson incalculável. Para os mais abastados, vale até dormir na mesma suíte ocupada pelo astro e sua família em hotéis estrelados do mundo. E o roteiro de bares, restaurantes e hotéis que ele frequentou pode começar em São Paulo mesmo.

Não foi difícil para o empresário Facundo Guerra e para Henry Maksoud Neto, presidente do Hotel Maksoud Plaza, escolherem o nome do bar que pretendiam revitalizar no lobby. Com uma lista de artistas que se apresentaram no hotel em mãos (de Alberta Hunter a Tom Jobim), a pesquisa acabou na letra "F". Com esse nome mágico – Frank Bar– e uma carta de drinques elaborada pelo premiado bartender Spencer Jr., o boteco requintado virou hit desde o momento de sua abertura, em abril.

Estão nas paredes do bar as fotos da passagem de Frank Sinatra por São Paulo em agosto de 1981, quando ele se apresentou por quatro noites no auditório do hotel, e o convite original do evento, disputadíssimo por ricos e famosos. Sua bebida predileta, o uísque de milho americano, figura na carta em preparos da coquetelaria clássica ou recriações de Spencer.

Frank Sinatra durante show no hotel Maksoud Plaza, em 1981 - Divulgação/Maksoud Plaza - Divulgação/Maksoud Plaza
Frank Sinatra durante um de seus shows no hotel Maksoud Plaza, em 1981
Imagem: Divulgação/Maksoud Plaza

Sinatra bebia bem, mas não era fã das misturas alcoólicas, para desânimo dos bartenders. Amava seu Jack Daniel’s completo com água e gelo – simples assim. Ou pedia um Martini muito seco, apenas com gim e bitter, à maneira clássica - drinque que Spencer reproduz em seu balcão. Para quem quer uma noite à la Frank com um pouco mais de tempero, no entanto, o mixologista sugere alguns coquetéis com bourbon como o Up To Date, o Souless Gentleman ou o Mississippi Punch. Mas há opções suaves para quem não quer entrar no mesmo grau alcoólico do patrono do bar, como o Champagne Julep (confira receitas no álbum).

O "efeito Sinatra" trouxe bons resultados e inaugura uma nova fase no Maksoud Plaza, que também atrai uma leva de gente jovem por causa do clube PanAm, na cobertura, outra parceria do hotel com Facundo Guerra.

"Fãs de Sinatra querem conhecer o bar, os antigos frequentadores do hotel voltaram a se reunir aqui, nosso lobby voltou a ser ponto de encontro de jornalistas. Essa movimentação se reflete na ocupação de quartos, que aumentou consideravelmente depois da abertura do clube e do bar", conta Henry Maksoud Neto, cujo  pai, Roberto, foi o responsável pela vinda de Sinatra à cidade, um ano depois de ter se apresentado no Maracanã, no Rio de Janeiro.

Para quem quer voar mais alto, deitar-se no mesmo quarto ocupado por Frank Sinatra, Mick Jagger, Margareth Thatcher e Axl Rose no Maksoud – a Suite Presidencial Trianon – é um sonho possível. Por uma média de R$ 25 mil a diária.