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Cliente x restaurante: veja exemplos de quem soube lidar bem com polêmicas

Fotos das placas que acompanham o post da jornalista Leka Peres no Facebook - Dovulgação/Facebook/lekaperes
Fotos das placas que acompanham o post da jornalista Leka Peres no Facebook Imagem: Dovulgação/Facebook/lekaperes

Do UOL, em São Paulo

05/11/2015 20h30

Atendimento em bares e restaurantes, ultimamente, não termina quando chega a conta: o que se fala (ou não) nas redes sociais também soma pontos para fazer com que a clientela volte para o local - ou então para detonar a reputação de qualquer estabelecimento.

O caso mais recente foi o da rede de lanchonetes paulistana The Dog Haüs, que fez tudo o que não deve ser feito nas redes sociais: xingou uma cliente após receber uma crítica de que a decoração do local era machista.

Tudo começou quando a jornalista Leka Peres, em um post em seu Facebook, elogiou a comida e o atendimento do restaurante, mas disse que o local acha que machismo é piada e postou uma foto da decoração, que tem placas incentivando mulheres a tirarem a roupa para ganharem bebidas de graça. 
 
Os responsáveis pela página do restaurante publicaram uma resposta xingando quem criticou a decoração. Pouco depois, o dono da lanchonete mandou uma mensagem privada para Leka com mais xingamentos e ameaças.
 
Selecionamos alguns exemplos de restaurantes que, ao contrário da Dog Haüs, souberam lidar com as críticas e crises com educação e acabaram virando notícia por terem uma atitude correta: 


Amor em forma de sorvete
No início deste ano, um casal de homens foi expulso da sorveteria Me Gusta, em São Paulo, depois de um cliente reclamar que os dois estavam "desrespeitando o ambiente familiar da loja". A página oficial do local no Facebook fez um pedido de desculpas emotivo e organizou um "beijaço" no local para celebrar o amor em todas as formas. O próprio gerente de comunicações do estabelecimento disse ter ficado chocado com a situação, principalmente porque ele também é gay.


Um pouco mais de pele
Um cliente do restaurante Atomic Grill, em Morgantown, nos Estados Unidos, fez uma crítica em um site dizendo que as garçonetes deveriam mostrar mais o corpo, usando a expressão "show more skin" (mostre mais a pele, em tradução livre). O dono soube da crítica e fez o que o cliente pediu, ou quase isso. Durante dez dias, o restaurante fez uma promoção onde porções de batatas assadas com a casca (chamadas de "potato skin" em inglês) custavam sete dólares e todo o dinheiro seria doado para uma associação que auxilia vítimas de violência sexual.


Cerveja, sim; violência doméstica, nunca
Em 2013, um bar em Austin, nos Estados Unidos, pediu desculpas após um funcionário escrever na placa a frase: "gosto da minha cerveja como gosto da minha violência: doméstica". O funcionário foi demitido e no dia seguinte uma nova placa informava que um dólar de todas as cervejas americanas vendidas no local iria para a Aliança Nacional Contra a Violência Doméstica.


Doações e frango frito
Em 2014, uma criança de três anos e sua família foram retiradas da rede de fast food  KFC porque a aparência da menina estava assustando os outros clientes -Victoria Wilcher havia sido atacada por três pit bulls dois meses antes e estava com diversas cicatrizes no rosto. Além de se desculpar, o KFC doou 30 mil dólares à família para ajudar a pagar as contas do hospital.