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Dicas de cozinheiras para você cozinhar sem glúten e com muito sabor

Camila Ciarallo

Do UOL, em São Paulo

03/12/2015 18h58

Ovo e colesterol já foram os grandes vilões das dietas. O "culpado da vez" é o glúten, uma proteína encontrada em diversos cereais. 

Se você quer substituir o ingrediente no seu dia a dia, mas não quer viver de pães industrializados e sem gosto, a solução é simples: se aventurar na cozinha e levar uma vida mais saudável, sem ser radical.

A jornalista Fernanda Carneiro, dona do blog Leve-me, descobriu o mundo sem glúten depois de emagrecer 19 quilos. Foi quando ela resolveu buscar novas alternativas para fazer comidas gostosas, principalmente doces, mesmo sem farinha de trigo. 

Já a dentista Paula Martins cuida do blog Viver Sem Trigo, que tem receitas de pães e tortas com diferentes combinações de farinhas para substituir o glúten e ainda assim ter um prato delicioso.

As duas são especialistas no assunto e estão sempre atrás de novidades para fazer receitas diferentes. Veja algumas dicas delas para substituir o glúten sem perder o sabor da comida: 

Evite o trigo
O passo número um para viver sem glúten é cortar o trigo e seus derivados. Isso significa cortar os pães, mas também cerveja, vodca, uísque, empanados e até mesmo sorvetes. “Também é importante olhar o rótulo. Alguns produtos no mercado não têm glúten diretamente, mas podem ter sido contaminados pela manipulação na cozinha, em equipamentos ou até mesmo pelo solo do plantio”, explica Fernanda. 

Vá para a cozinha
"Um prato que todo mundo ama, mas acha que tem glúten é o nosso arroz com feijão”, conta Paula. Mas nem sempre você vai encontrar todos os alimentos sem glúten que precisa nas prateleiras dos mercados e lojas especializadas. Por isso a dica é se aventurar na cozinha. Não tenha medo de experimentar novas receitas: ao substituir farinhas e outros tipos de gorduras, você pode ter um prato delicioso e que ninguém vai falar que não tem glúten. 

Descubra novas farinhas
Você pode substituir a farinha de trigo por várias outras. “É necessário uma alquimia entre elas”, explica Paula. Segundo ela é importante seguir a proporção de 50% de farinha de base, como farinhas de arroz, aveia ou quinoa. Os outros 50% ficam por conta dos amidos, que darão leveza para as massas, como fécula de batata, amido de milho, polvilho doce ou araruta. São eles que deixam a massa elástica, como se tivesse usado trigo. 

Fique de olho nos ingredientes
Nem toda comida industrializada é para quem quer emagrecer. Na maioria das vezes elas são para quem tem alguma doença relacionada ao glúten e, por isso, podem até não ter a proteína, mas têm outros tipos de farinhas brancas, gorduras e açúcares. Procure saber quais são os ingredientes das comidas que você compra e, sempre que puder, prefira fazer em casa a comprar algo pronto. Fica mais gostoso e você tem certeza de como foi feito.