Em 2006, fui convidado para ser jurado do primeiro concurso de cervejeiros caseiros da Acerva Carioca – Associação dos Cervejeiros Artesanais Cariocas. Durante minha viagem ao Rio, um pensamento não me saía da cabeça: será que é possível fazer boas cervejas em casa?

Pois bem, no dia do julgamento não só descobri que era possível, mas que este era o caminho mais curto para conhecer estilos de cervejas que, naquele momento, ainda não existiam por aqui. Assim que retornei a São Paulo, fui em busca de cursos para aprender meu novo hobby e também dos equipamentos.

Densímetro, pipeta, filtros, bomba de ar, baldes para fermentação e três panelões de 20 litros, adaptados para minha produção. Que emoção dá abrir a garrafa, ouvir aquele ‘tssss’ e servir no copo a sua própria cerveja! Ainda não tenho filhos, mas imagino que a sensação deva ser parecida com a do nascimento do primeiro rebento.

Logo depois, tive que comprar uma geladeira com termostato para minhas fermentações. Hoje, boa parte do espaço do apartamento é dominado pela produção caseira. Aí descobri outra coisa: dá sim para produzir boas cervejas em casa, o difícil mesmo é convencer a esposa!