Chegou o dia da última coluna deste Especial Cervejas. Foram três meses de Conversa de Bar, escrevendo textos descontraídos sobre a cerveja, de uma forma que eu nunca havia feito em nosso longo e intenso relacionamento. Adorei! Pois bem, agora é a hora da 'saideira'!

Saideira, caideira, trombadeira, expulsadeira. Cada um chama de um nome. Até os que não bebem sabem o que significa. Já virou tradição. Chega a hora de pedir a conta e a turma de amigos clama pela 'saideira', aquela última cerveja para terminar o papo e rumar para casa.

Mas 'péra' aí! Se você sabe mesmo do que estou falando, sabe que a 'saideira' não é nunca a última.

Há alguns anos, um amigo americano esteve pela primeira vez no Brasil e disse que seu primeiro aprendizado por aqui foi que 'saideira' não é a cerveja final. Existe a 'saideira' number one, number two, e por aí vai. O fato é que ela é fundamental.

Enquanto o papo estiver bom, e o bar aberto, ela é válida. Nestes anos de botecagem, em ambos os lados do balcão, já aprendi muito sobre a 'saideira'. Tem cara que bebe meia dúzia de cervejas e quer outra meia dúzia por conta da casa. Outros já chegam perguntando por ela, antes mesmo de saber o que vão consumir. Há os educados, os grosseiros, os que fazem questão de enaltecer o quanto gastaram, mesmo que tenha sido uma merreca!

Eu gosto da 'saideira'. Claro, não sou bobo. Eu peço; às vezes pago, outras não quero pagar, assim como todo mundo. Mas hoje enxergo de forma diferente. Certa vez, ouvi do dono de um bar famoso, daqueles que admiro, que a 'saideira' não se pede, se conquista. Agora, para mim, a 'saideira' mais valorizada é aquela que o garçom me traz porque está satisfeito com minha presença!

Feliz 2013 a todos, com boas cervejas à mesa e muitas 'saideiras' conquistadas!