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Cores como branco, bege e cinza conquistam espaço nos quartos de bebê

Nem rosa nem azul. A tendência na decoração de quartos de bebê são cores neutras, como branco, bege e cinza. "O estilo clean, mais moderno, vem com força", diz a arquiteta Monica Larsson.

Além de conferir mais tranquilidade ao cômodo, tons claros em paredes e em móveis ajudam a aumentar a vida útil da decoração. "Com uma base neutra, é mais fácil ir transformando o quarto de acordo com o crescimento da criança", afirma.

A arquiteta Selma de Sá Moreira destaca o cinza, antes visto como "baixo astral", como uma das novidades para quartos infantis. "Cores vibrantes devem ficar restritas a enfeites e brinquedos."

A tendência se confirma também em relação ao desenvolvimento infantil. "O ambiente não precisa ser insosso, mas é melhor um espaço mais neutro", diz a educadora Adriana Fóz, especialista em neuropsicologia. "Cabe à família prover a diversidade de estímulos ao longo do dia, não na hora de dormir."

Sidney Doll/Divulgação
Quarto projetado pela arquiteta Ana Yoshida. Sobre Tudo ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Projeto da arquiteta Ana Yoshida para quarto de bebê, em São Paulo

Moreira, parte da diretoria paulista da Associação Brasileira de Designers de Interiores, ressalta que o ambiente não deve ter excesso de estímulos, para que o bebê não fique muito agitado. "O quarto tem que ser o universo de descanso dele", diz.

Fóz concorda. "O bebê precisa de estímulo, mas não o tempo todo. Às vezes o ambiente tem tantos incentivos que acaba por prejudicar o sono da criança. Ela abre os olhos e entra em pânico, não entende o que são aqueles bichos coloridos."

O arquiteto Jéthero Cardoso de Miranda, professor da Faap e do Centro Universitário Belas Artes, defende que uma das paredes sejam mais vibrante. "Não é preciso fazer do cômodo um carnaval, mas dá para ter um papel de parede com diferentes cores e formas."

Segundo os especialistas, o maior erro dos pais ao montar o quarto é não analisar bem o espaço. "Muitas vezes, só depois de comprar os móveis eles percebem que sobram poucas áreas para a circulação", diz Moreira.

A arquiteta Camila Bianchi dá uma dica: "Vale desenhar a planta do cômodo, usando as medidas de forma proporcional, e tentar encaixar os móveis, antes da compra".

Na disposição do quarto, é recomendado que o berço fique longe de portas e janelas. Perto do trocador, prateleiras deixam à mão kit de higiene, fraldas e roupas.

A poltrona de amamentação deve ser escolhida pelo conforto, já que a mãe vai passar longos períodos sentada ali. A cadeira ideal tem apoio para os cotovelos, encosto para a cabeça e uma altura que possibilite que os pés alcancem o chão.

Para os revestimentos, a preferência são materiais fáceis de limpar. Pisos vinílicos são uma boa opção, porque também são térmicos -bons para brincadeiras no chão.

Para a iluminação, uma boa solução é o interruptor com dimmer, que permite a regulagem da luz. Outra dica é colocar um abajur abaixo da linha do berço, que permite aos pais enxergar a criança à noite sem despertá-la.

E QUANDO CRESCE?

No quarto de bebê, prevalece o gosto dos pais. Mas, à medida que cresce, a criança também começa a manifestar suas preferências.

Segundo Moreira, é possível repaginar o cômodo e atender aos desejos do filho sem gastar muito. "A personalização pode vir nos detalhes."

Larsson complementa: "Hoje, a criança gosta de um personagem, amanhã, de outro. Vale mais a pena fazer um quarto temático apostando em brinquedos e acessórios, como colchas, almofadas, quadros e adesivos".

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