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Oito maneiras de economizar em viagens em 2017

Andy Rash/The New York Times
Imagem: Andy Rash/The New York Times

Do The New York Times

12/01/2017 09h14


Economizar com voos, hotéis e outros aspectos de viagem é uma questão de como você valoriza o seu tempo em relação ao tempo e à energia que terá que gastar. Pode virar a internet do avesso para descobrir passagens e diárias baratas, mas uma hora vai ter que parar e começar a planejar a viagem propriamente dita. Com isso em mente, aqui vão algumas maneiras muito boas e relativamente simples de fazer seu rico dinheirinho render mais no ano novo. São oito itens em que se deve pensar nesse início de 2017.

  • Economize sem ter que pensar nisso

    Tudo bem gastar menos na próxima viagem ? mas e se você não tiver que se preocupar nem em guardar? O aplicativo Digit tenta fazer com que a poupança para aquela próxima excursão (e guardar dinheiro de forma geral) seja uma experiência espontânea. Gratuito, ele analisa sua situação financeira e hábitos de gastos e a partir daí começa a tirar alguns dólares da sua conta de vez em quando, depositando tudo em uma poupança separada, com garantia da Federal Deposit Insurance Corp., aberta em seu nome. Você pode modificar os padrões do aplicativo, papear com ele e forçá-lo a ser mais ou menos agressivo, dependendo da velocidade com que quer chegar ao valor pretendido. (O Digit se baseia em seu algoritmo e oferece proteção contra saque a descoberto.) Embora possa parecer meio assustador ter um robô tirando dinheiro de sua conta de forma aparentemente aleatória, as resenhas dos usuários são, em geral, positivas.

  • Viaje para o Reino Unido

    Nunca me sinto bem explorando a fraqueza da moeda de um país, mas no caso do Reino Unido (e Londres em particular), vocês me perdoem por não ter esse pudor. Depois que os britânicos votaram a favor da saída da União Europeia, a libra esterlina, que chegou a valer mais de US$1,60 há uns dois anos, caiu para US$1,17 em outubro, tornando-a assim uma das viagens mais vantajosas do mundo no momento. De repente aquele cappuccino de cinco libras na Oxford Street já deixou de ser motivo de preocupação. Uma rápida pesquisa no site Trivago mostra que há centenas de opções de hotel por diárias inferiores a 100 libras para meados de abril. Embora Londres nunca chegue a ser uma pechincha, se quiser mesmo conhecer a cidade, essa pode ser uma oportunidade imperdível. E caso se sinta culpado, pense que os dólares do turista norte-americano são exatamente aquilo de que uma economia fracote precisa.

  • Há um verdadeiro vale-tudo entre as companhias aéreas

    Com as europeias de baixo orçamento, como a Norwegian Airlines e a Wow Air, expandindo suas rotas agressivamente, a hora é agora para viajar com aquela que oferecer mais por menos. E olha que tem promoção muito boa por aí: enquanto escrevo este artigo, a Norwegian está oferecendo passagem de ida e volta, sem escala, entre Los Angeles e Londres, por US$585 em abril ? e acabei de encontrar um voo de US$306 saindo de Newark para Londres, pela Wow Air (com uma escala na Islândia), no mesmo mês. Mesmo as empresas maiores estão fazendo promoções: acabei de achar uma passagem de Boston a Pequim, via Air Canada, pela merreca de US$485.

  • Escolha uma companhia e se mantenha fiel a ela

    Isso porque há um lado bom dessa moeda: às vezes, a fidelidade compensa. Com a virada do ano, o calendário reorganiza o acúmulo de milhas e os dólares que podem ser utilizados em viagens; assim, se você pretende se fidelizar para aproveitar o potencial de benefícios que a companhia tem a oferecer, janeiro é a hora. O ano novo dá até aos viajantes mais modestos a chance de conquistar algum status, por mais básico que seja, nas mais influentes. Começando agora, mesmo que você viaje com certa regularidade entre alguns destinos previsíveis, pode se qualificar para o nível mais simples de alguma das grandes empresas até o fim do ano. A viagem ida e volta a cada mês e meio entre Nova York e Los Angeles, por exemplo, pode ser suficiente para emplacar o nível prata com a Delta Air Lines. O que ele oferece? Bastante coisa: acesso gratuito ao Delta Comfort Plus, que normalmente custa US$120 em cada fase da viagem, além de embarque prioritário e direito a uma mala. (Mas não espere ser promovido para a primeira classe.)

  • Seja flexível

    "Se ainda não finalizou seu plano de viagem, pesquise as regras de sua empresa aérea preferida em relação à reserva de passagens", ensina Mark Orlowski, que contribui para o Marketplace Morning Report. Às vezes vale a pena fazer uma pesquisa e usar uma companhia diferente, mas da mesma aliança. Por exemplo, se você tem pontos do Chase e quer usá-los em um voo da United Airlines, por que não transferi-los para a Singapore Airlines? Você pode usar as milhas dessa viagem para fazer reservas em outras empresas da Star Alliance (incluindo a United) e, de quebra, se beneficiar das políticas de preço mais generosas da Singapore. Mudar uma passagem adquirida com as milhas da United pode chegar a custar US$125. Se fizer isso através da Singapore, a mesma operação pode sair por apenas US$20.

  • Compare preços mesmo após a compra

    O Citi Price Rewind é um serviço que vai reembolsá-lo por itens de até US$500, e US$2.500 por ano, se comprar um produto de determinadas categorias (como jaquetas e sacos de dormir) com o cartão Citi e o preço cair dentro dos 60 dias seguintes. O melhor de tudo? Ele faz o acompanhamento para você automaticamente quando registrar sua compra (feita com o cartão Citi, naturalmente) nas lojas incluídas em seu banco de dados. Você também pode fazer buscas e, se encontrar um preço mais baixo, entra com um pedido de reembolso. É uma maneira descomplicada de evitar o estresse de imaginar se comprou o produto pelo melhor preço possível. (Outros cartões também oferecem proteção, mas o Citi simplifica.) Você também pode fazer o monitoramento: o site Camelcamelcamel acompanha os itens do Amazon.com e oferece dados de histórico de compra, que podem ajudá-lo a se decidir a comprar algo.

  • Pense nos pontos, não nas milhas

    Viajantes fiéis que acumularam todas as milhas possíveis nos últimos anos aprenderam uma lição da pior maneira possível: elas (as milhas) estão perdendo o valor, e rápido. Programas de fidelidade das três principais companhias passaram por várias mudanças que deixaram os passageiros espumando, para dizer o mínimo. Se há algum lado positivo nisso é que os pontos do cartão de crédito se tornaram mais abundantes e valiosos do que nunca. "A tendência, a meu ver, é dar menos valor aos cartões de aéreas e/ou hotéis e apostar mais naqueles que oferecem pontos transferíveis, pois permitem mais flexibilidade na reserva e não têm datas restritas nem controle de capacidade", diz Brian Kelly, fundador do site The Points Guy. Há alguns bônus incrivelmente generosos para quem está adquirindo cartão de crédito agora, incluindo ofertas de 100 mil pontos em determinados produtos do Chase e American Express. É claro que você deve sempre abrir uma linha de crédito com responsabilidade, mas a vantagem pode ser irresistível para muita gente: 100 mil pontos podem valer até US$2 mil na hora de comprar outra passagem.

  • Confira o Project Fi

    Cansado de trocar o cartão SIM ou pagar uma fortuna para a operadora enquanto estiver no exterior? O Project Fi do Google cobra taxa única de US$20/mês por voz e texto ilimitados, e US$10 por gigabyte de dados. Melhor ainda, o Project Fi oferece torpedos ilimitados e não cobra pelo roaming de dados em mais de 135 países. Você pode usar o telefone normalmente, contanto que seja compatível. (Sabia que tinha alguma pegadinha, né?) Oficialmente, o Project Fi funciona apenas com o Pixel, o Nexus 6P e o Nexus 5X. Pelo menos pode transferir o seu número se você decidir fazer a troca.