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Já conhece o poke? Prato havaiano à base de peixe ganha força no Brasil

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Imagem: Getty Images

Anna Fagundes

Do UOL

12/09/2017 04h00

Se você ainda não viu, ainda irá ver no restaurante: vindo diretamente do Havaí, o poke vai aos poucos caindo no gosto do público. Trata-se de uma tigela com arroz, cubos de peixe cru e complementos diversos, como algas e até frutas.

A origem do prato está nos pescadores no Havaí, que serviam aparas temperadas de peixes como aperitivo para seus clientes. O poke (pronuncia-se "poquê" e, no idioma nativo havaiano, significa "cortar em pedaços") teve sua primeira grande onda de sucesso nos anos 1970. O prato renasceu na Califórnia a partir de 2012, associado com uma culinária mais saudável e também com a cultura dos surfistas e esportistas do arquipélago no Oceano Pacífico. A partir daí, o prato começou a ganhar o mundo.

Dentro da tigela

O apelido de "temaki na tigela" faz sentido, já que a culinária do Havaí tem muitos pontos de contato com a comida japonesa -- mas o poke também pode ser considerado um "primo" do ceviche, que também usa peixe em cubos marinados.

No Havaí, o poke é servido de várias maneiras. Além do atum -- o peixe mais popular do menu para os havaianos --, itens como polvo e ovas também são comuns, assim como macadâmia torrada, algas, arroz temperado e complementos como pimentas frescas, abacate ou abacaxi.

Poké de salmão do Mr. Poké, em São Paulo - Reprodução/instagram.com/mrpokebr - Reprodução/instagram.com/mrpokebr
Poké de salmão do Mr. Poké, em São Paulo: receitas adaptadas para o público nacional
Imagem: Reprodução/instagram.com/mrpokebr

Versão brasileira

Por aqui, os primeiros sinais do prato surgiram em 2015. Felipe Scarpa passou seis meses no arquipélago e, ao retornar para o Brasil, decidiu montar um food truck para servir o prato por aqui, o Mr. Poke -- atualmente funcionando em dois endereços fixos em São Paulo.

O gosto do público pela culinária japonesa ajudou a divulgar o produto, mas foi preciso fazer algumas adaptações nas receitas originais. "No começo, queríamos servir o prato como no Havaí, mas o público não gosta dos pedaços de peixe tão grandes como é o costume por lá", explica Felipe. "Acrescentamos também toques brasileiros, como manga e outras frutas".

Em outra rede, a Poke Poke (em oito endereços em três Estados), o menu inclui misturas com salmão, camarões e cogumelo shimeji, enquanto a loja Hi Pokee (dos mesmos sócios da Me Gusta, uma das pioneiras em outra moda -- a das paletas mexicanas) apostam em tigelas com bases de quinoa como opção "low carb". Ou seja: não importa o seu paladar, provavelmente você irá encontrar uma tigela para chamar de sua.